Roubo de cargas: FIRJAN entrega propostas ao ministro da Justiça


O Sistema FIRJAN apresentou ao ministro da Justiça, Osmar Serraglio, as nove propostas da Carta do Rio, documento que marcou o lançamento do Movimento Nacional Contra o Roubo de Cargas, liderado pela Federação, e que foi assinada por 111 instituições, empresas e representantes do setor público e de forças de segurança. Entre os pleitos defendidos estão ações como o aumento do efetivo da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a aprovação de Projetos de Lei referentes à cassação do CNPJ e CPF de estabelecimentos e pessoas envolvidas em receptação, armazenamento e venda de mercadorias roubadas.


 


“Abrimos um canal permanente de discussão do governo federal com o setor produtivo. Teremos uma nova reunião na próxima terça-feira, 28, para avançar em alguns pontos discutidos nesse primeiro encontro”, explicou Luciana de Sá, diretora de Desenvolvimento Econômico da FIRJAN, que representou o presidente Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira na reunião.


 


Na ocasião, também foram abordados os dados dos estudos sobre o impacto econômico do roubo de cargas no Brasil e no estado do Rio, elaborados pela Federação. De acordo com os levantamentos, o crime gerou perdas da ordem de R$ 6,1 bilhões nos últimos seis anos. Os estados de São Paulo e do Rio concentram 87,8% das ocorrências de todo o país.


 


Esta concentração de casos nos dois estados levou o presidente do Sistema FIRJAN a oferecer à Secretaria Nacional de Segurança Pública um espaço na sede da Federação para que seja instalado, com toda a infraestrutura necessária, um escritório do Comitê Gestor da Política Nacional de Repressão ao Furto e Roubo de Veículos e Cargas, oferta que foi novamente feita ontem, desta vez diretamente ao ministro Serraglio, por Luciana de Sá.


 


Análise elaborada pelo Sistema Firjan apontou que, devido à combinação entre a crise econômica e o avanço dos roubos de cargas, houve uma redução no número de veículos inscritos no Registro Nacional de Transportador Rodoviário de Cargas (RNTRC), que regulamenta o mercado de transportes de cargas no país. Segundo dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) o total de veículos registrados em março de 2017 é 25,8% menor do que o existente em dezembro de 2015. São 603.165 veículos de carga a menos circulando no país. Entre dezembro de 2016 e março de 2017 a queda foi de 12,1%, ou 239.333 veículos. Esta redução afeta a toda a economia, uma vez que 65% das cargas do país dependem do transporte rodoviário.


 


Também participaram do encontro o gerente de Estudos de Infraestrutura e assessor do Conselho Empresarial de Defesa e Segurança do Sistema FIRJAN, Riley Rodrigues; o deputado federal Hugo Leal (PSB-RJ); o presidente da Federação do Transporte de Cargas do Estado do Rio de Janeiro (Fetranscarga), Eduardo Rebuzzi; o presidente da NTC&Logística, José Hélio; o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Renato Borges Dias; o delegado da Delegacia de Repressão ao Furto e Roubo de Cargas do Rio de Janeiro, Maurício Mendonça; além de representantes da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, do Sindicato das Empresas do Transporte Rodoviário de Cargas e Logística do Rio de Janeiro (Sindicarga), da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRio) e dos Correios.


 


A reunião aconteceu em 23 de março, em Brasília.

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