Mobilização para Defesa de Interesses é tema de oficina na Casa da Indústria do DF
Publicado em 19/8/2016 pelo site da
FIBRA
. Por Aline Porcina.
A Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) promoveu, nesta quinta-feira (18), a oficina “Mobilização para Defesa de Interesses”, que teve como objetivo apresentar estratégias e metodologias para defesa de interesses destacando, com base em casos de sucesso, formas e canais que podem ser utilizados pelos sindicatos para ampliar sua capacidade de comunicação e mobilização da base empresarial.
Realizado no edifício-sede da Fibra, o evento foi uma iniciativa da Diretoria de Relações do Trabalho e Apoio Sindical, em parceria com a Diretoria de Gestão de Defesa de Interesse da Casa. Cerca de trinta presidentes e líderes de sindicatos patronais da Indústria participaram da ação, que foi conduzida pela consultora da Confederação Nacional da Indústria (CNI) Andréa Gozetto.
Segundo ela, participar ativamente dos processos decisórios do país é um direito legitimo de todos os empresários. Por isso, é válido se conscientizar sobre a importância de colaborar com a formulação de políticas públicas voltadas para o setor produtivo local. ?Nós vivemos em um país democrático. Isso significa que há possibilidade de participar do processo, e não apenas delegar pessoas para nos representar. Por isso, é importante que se estabeleça uma diretriz quanto o que é de interesse da indústria. Só assim, poderemos expor de forma clara nossas expectativas e o que deve ser feito para melhorar o setor?, afirma.
Durante a oficina foram debatidos temas como o múltiplo papel do estado; o poder de influência junto ao estado e ao governo; e a mobilização da base industrial. Para Andréa, a defesa de interesse tem papel fundamental nas relações institucionais e políticas. Entretanto, para alcançar o resultado desejado, ela deve ser feita de forma consciente e qualificada. ?No processo, existe a interferência de diversas variáveis. Mas, sem dúvidas, a mais importante delas é o tema. Ele está diretamente ligado ao sucesso da campanha. É preciso analisar a viabilidade, a apuração e o foco do tema para perceber se, de fato, essa defesa pode gerar mudanças no cenário local?, explica.
Participando do evento, o presidente do Sindicato da Indústria da Informação do Distrito Federal (Sinfor-DF), Ricardo Caldas, destacou que a defesa de interesse faz parte da rotina dos líderes sindicais. Com base nisso, é importante que as técnicas sejam constantemente atualizadas. ?Nas atividades rotineiras do sindicato, nós já fazemos essa mobilização. Se trata de um processo muito importante, ao qual a Fibra tem dado todo o apoio e atenção necessária. Essas ações são muito positivas para aprimorarmos nossas técnicas e fazer cada vez mais projetos em conjunto com outros segmentos?.
Para o diretor de Gestão de Defesa de Interesse da Fibra, Walid Sariedine, a integração entre os mais diversos setores da sociedade pode auxiliar na criação de um discurso único que beneficie todos os segmentos do setor produtivo. ?O que faz diferença no desenvolvimento local é ter uma base fortificada. Para isso, nós, como Federação, precisamos apoiar e formar a base do setor produtivo, buscando um direcionamento único formado por sindicato patronal e laboral. Desse modo, nós conseguimos apresentar e discutir junto ao governo propostas de políticas públicas que beneficiem todo o setor?, finaliza.
O Programa de Desenvolvimento Associativo – PDA
A oficina “Mobilização para defesa de interesses” foi promovido por meio do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA), que é um instrumento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e das Federações de Indústria para fortalecer a representação sindical empresarial e o associativismo. Desde 2007, diversos projetos vêm sendo desenvolvidos com o intuito de criar um ambiente de negócios favorável à competitividade da Indústria e ao crescimento sustentável do país.
Além de informar e capacitar os empresários, as ações do PDA também abordam temas atuais e relevantes para a rotina de produção de cada setor, como negociações coletivas, legislação empresarial, relações trabalhistas e redução de despesas.