Empresários fluminenses estão mais pessimistas com a economia do estado
O Índice de Confiança do Empresário Industrial Fluminense (Icei-RJ), divulgado pelo Sistema FIRJAN, revela que os empresários estão mais pessimistas com as condições da economia do estado do Rio. Em julho, o indicador registrou 23,1 pontos, interrompendo a trajetória de recuperação iniciada há três meses. Os industriais também não sinalizaram boas perspectivas para o segundo semestre, já que o indicador recuou para 35,2 pontos.
Este aumento do pessimismo foi verificado dias antes de o governo do Estado encaminhar à Assembleia Legislativa, ontem (19), o Projeto de Lei 2008/2016 – que prevê a devolução de 10% dos incentivos fiscais concedidos às empresas fluminenses.
Para o Sistema FIRJAN, além de prejudicar uma política que resultou em alta da arrecadação e criação de empregos, o PL gera insegurança jurídica e afeta ainda mais a confiança do industrial fluminense.
A pesquisa varia de zero a cem. Os valores abaixo de 50 pontos indicam redução ou pessimismo. Em relação à economia brasileira, o índice mostra que os empresários estão menos pessimistas. O indicador de condições atuais avançou pelo terceiro mês consecutivo e chegou a 31 pontos, e o de expectativas para os próximos seis meses aumentou pelo quarto mês consecutivo e ficou com 42,8 pontos, os maiores valores desde julho de 2014.
Por conta do maior pessimismo com a economia fluminense, a pesquisa ficou estável e fechou com 42,4 pontos. Com isso, o índice estadual descolou do Icei Brasil, que cresceu pelo terceiro mês consecutivo e atingiu 47,3 pontos.
Mercado externo é opção
Diante da conjuntura doméstica desfavorável, o indicador de expectativas em relação às exportações atingiu 52,2 pontos. O resultado mostra que, por conta do maior nível da taxa de câmbio, os empresários esperam aumento das vendas para o mercado externo no próximo semestre.
A pesquisa aponta ainda que, pela primeira vez em quase dois anos, as indústrias do estado não projetam recuo da demanda por produtos (50,9 pontos) e nem redução da compra de matéria-prima (49 pontos) nos próximos seis meses. Esses são os maiores patamares alcançados desde outubro de 2014. Já os indicadores relacionados ao número de empregados e investimento apresentaram resultados negativos: 44,5 e 41,9 pontos, respectivamente.
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