Presidente do Sistema FIRJAN participa de grande fórum econômico da Europa
O presidente do Sistema FIRJAN, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, participou, no último sábado (02/07), da 16ª edição do “Rencontres Économiques” (Encontros Econômicos), um dos maiores fóruns econômicos da Europa, realizado desde 2001 em Aix-la-Provence, cidade do Sul da França. Promovido pelo Cercle des Economistes (Círculo dos Economistas), criado em 1992, o tema debatido nesta edição foi “Em um mundo de turbulências, o que se esperar de um país?”.
Eduardo Eugenio foi palestrante do painel “O Estado pode decidir tudo?”, e abordou o processo de revisão do Estado brasileiro que está em curso hoje. “O Brasil está fazendo as pazes com um modelo que deu certo há duas décadas. Naquele momento, o país adotou reformas estruturais que reduziram a presença do Estado e permitiram ganhos importantes de produtividade”, explicou.
O presidente da FIRJAN destacou ainda os anseios da sociedade sobre o novo cenário político-econômico. “O Brasil espera que este novo Estado, ainda em processo de redesenho, venha para ficar e permita que se instaure um novo ciclo de estabilidade e de prosperidade no país”, concluiu.
Estiveram presentes no encontro, o presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, o ex-presidente da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, o ministro das Finanças da França, Michel Sapin, e o ex-primeiro ministro italiano, Mario Monti, entre outras personalidades.
Oportunidades do Rio
Eduardo Eugenio participou também da “Conférence Brésil et Rio: défis et opportunités” (Conferência Brasil e Rio: desafios e oportunidades), na Embaixada do Brasil na França, em Paris. Ele falou para empresários e executivos de empresas francesas e autoridades sobre as perspectivas do estado para o período após os Jogos Olímpicos, e sobre as oportunidades do setor de petróleo e gás no Rio de Janeiro, produtor mais importante de petróleo do país.
O presidente do Sistema FIRJAN destacou que o país tentou dar um grande salto no crescimento e que acabou na pior recessão de sua história, por conta de uma política macroeconômica que incluiu medidas como o estímulo ao consumo, forte aumento das despesas públicas e uma grande intervenção do Estado na economia. De acordo com ele, as medidas do novo governo estão na direção correta, como o limite de crescimento das despesas públicas, a preparação de um novo programa de venda de ativos e mudanças na governança das empresas estatais.
“A mudança de postura na condução da política econômica tem sido suficiente para gerar uma reversão política das expectativas para o futuro. Um sentimento de confiança começa a surgir entre os empresários”, frisou Eduardo Eugenio.
O evento foi promovido pela Embaixada do Brasil na França e pela Câmara Brasileira de Comércio na França, nesta segunda-feira (04/07).