Modernização da cadeia de gás natural é indispensável para o crescimento econômico

A expansão dos investimentos privados na cadeia de gás natural no Brasil depende de uma profunda revisão dos marcos regulatórios do setor. Além disso, é necessária uma política governamental com regras claras e previsíveis e que melhorem o ambiente de negócios. O alerta foi feito nesta quinta-feira (16) pela diretora de Relações Institucionais da

Confederação Nacional da Indústria (CNI)

, Mônica Messenberg, na abertura do seminário

Gás Natural: Desafios e Oportunidades para o Brasil

.

“A modernização e o maior dinamismo da cadeia de produção e comercialização de gás natural são fundamentais para que o país cresça de forma sustentável e gere empregos de qualidade”, afirmou Mônica no evento, organizado pela CNI em parceria com a Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e Consumidores Livres (Abrace).

O assessor do Programa de Parcerias de Investimentos Eduardo Parente disse que o governo trabalha para dar estabilidade, uniformidade e segurança jurídica aos processos de concessões e parcerias com a iniciativa privada. Segundo Parente, o setor de petróleo e gás representa uma carteira importante do PPI e as empresas interessadas devem se organizar e apresentar sugestões ao governo que garantam os investimentos na área.

Mônica Messenberg


“A modernização e o maior dinamismo da cadeia de produção e comercialização de gás natural são fundamentais para que o país cresça de forma sustentável e gere empregos de qualidade” – Mônica Messenberg

Durante o evento, a CNI e a Abrace apresentaram dois estudos:

Reestruturação do setor de gás natural – uma agenda regulatória

e

Gás natural liquefeito: cenários globais e oportunidades para a indústria brasileira

. Os trabalhos apontam as oportunidades e desafios para o desenvolvimento da cadeia de gás natural no Brasil, o impacto da venda de ativos da Petrobras na produção e na distribuição do combustível e as incertezas sobre a renovação do contrato com a Bolívia.

“No cenário internacional, a grande oferta de petróleo e gás tem gerado forte queda nas cotações internacionais e acreditamos que irão permanecer nesse patamar nos próximos anos”, disse Mônica Messenberg.  Segundo ele, esse cenário inibe investimentos em projetos de exploração, transporte e liquefação de gás natural no Brasil. “Para que possamos alterar esse cenário, é necessário criarmos mecanismos para remover entraves que geram incertezas e custos aos investidores, à indústria nacional consumidora e a toda a sociedade brasileira”, destacou a diretora da CNI.

A consultora da FGV Energia Ieda Gomes apresentou um diagnóstico do cenário internacional do mercado de gás natural liquefeito. Ela destacou os obstáculos que o Brasil terá de vencer para que a indústria se beneficie da oferta mundial abundante e dos preços competitivos do GNL no mercado mundial. Assista ao vídeo.

Por Verene Wolke

Foto: Miguel Ângelo/CNI

Vídeo: Gilberto Alves

Da

Agência CNI de Notícias

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