Brasil só reverterá déficit de saneamento se ampliar recursos e melhorar gestão das empresas
Publicada em 2/6/2016 pela
Agência de Notícias CNI
. Por Diego Abreu.
Com uma média de eficiência maior que a das companhias públicas, as empresas privadas de saneamento têm despontado como um dos caminhos mais viáveis para que o Brasil reverta o quadro de atraso na prestação de serviços de água e esgoto. Na avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o aumento da participação privada é imprescindível para a universalização da coleta e do tratamento do esgoto, e para o abastecimento de água. ?Na infraestrutura brasileira, o setor com maior déficit de atendimento e maiores desafios é o de saneamento. A iniciativa privada tem muito a contribuir para a expansão dos serviços, com investimentos e modelos eficientes de gestão?, destaca a diretora de Relações Institucionais da CNI, Mônica Messenberg.
Algumas companhias de saneamento operadas pela iniciativa privada têm se destacado, alcançando índices expressivos de eficiência. A do município de Limeira (SP), por exemplo, foi concedida em 1995 ao capital privado e já atingiu a meta de 100% de tratamento e coleta de esgoto. Já a empresa de Niterói (RJ) passou a ser operada pela iniciativa privada em 1999, quando a cidade apresentava índice de 67% na coleta de esgoto e 36% no nível de perdas de água. Em 2014, a coleta chegou a 94,9% da população e as perdas foram reduzidas para 22,1%, patamar abaixo da média nacional, que é de 36,7%.
O município de Campo Grande (MS), por sua vez, concedeu a companhia de saneamento para o setor privado em 2000. Naquele ano, a coleta de esgoto era de 36%, alcançando, em 2014 a 54,9%. Já as perdas de água recuaram de 57% para 28,5%. Outro exemplo é Cachoeiro do Itapemirim (ES), onde a concessão foi efetivada em 1998, quando o índice de tratamento de esgoto era inferior a 10%. Em 2014, 75% do esgoto era coletado, sendo mais de 98% tratado. As perdas de água da cidade capixaba são de apenas 12,6%.
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