Três boas razões para repensar seu layout industrial e uma análise das fases de implementação do projeto
Produtividade é palavra de ordem para as indústrias que buscam alternativas para superar os efeitos negativos da crise econômica. A busca por soluções que proporcionem mais produção dentro da mesma fatia de tempo esbarra em um velho conhecido: o layout industrial. Bastante lembrado na fase de desenvolvimento da planta, ele é esquecido com o passar dos anos e o resultado é a perda de sua completa efetividade. A boa notícia é que a indústria pode repensar o projeto, implantá-lo ainda este ano e já turbinar os processos produtivos.
O desafio primordial dos diferentes modelos de layout produzidos a partir do estudo da rotina de atividades da empresa é encontrar o ponto de equilíbrio entre a redução do deslocamento e ampliação da área disponível respeitando legislação e segurança. “Indústrias crescem desordenadamente quando não têm um layout eficiente”, avisa Luiz Fonseca, gerente da divisão de engenharia de produção e operações da IMAM Consultoria. Da concepção à implantação, o projeto leva cerca de 60 dias em companhias de pequeno e médio porte.
Ainda tem dúvida sobre o assunto? Leia três motivos para refazer seu layout industrial.
1 – Deslocamento reduzido
Você percebe que sua indústria faz deslocamento de materiais entre as etapas fabris? Saiba que essa prática representa gasto extra, mas pode ser otimizada com um estudo de fluxo com sequenciamento ordenado. “Proximidade de máquinas significa menor movimentação. Andar menos significa mais produtividade”, observa Fonseca, autor do livro Projeto de Armazém.
Na linha de produção, o layout indica que processos similares ficam próximos para manter um movimento sem paradas entre uma fase e sua sequência. Ausência de contrafluxo, seja no quesito máquina ou funcionário, é o ideal.
2 – Circulação limpa
Apesar de induzir à redução do deslocamento, ele ocorre invariavelmente. Contudo, para não dispender muito tempo é preciso adotar uma tática de remoção de sobra de materiais que criem barreiras para a livre circulação. Essa “limpa” também contribui para que os operadores cheguem às suas posições nas máquinas com agilidade e que a rota de transferência de produtos entre seções aconteça sem percalços.
3 – Flexibilidade de alteração
Altas e baixas na produção são comuns, por isso esse tipo de projeto é bastante flexível quando bem executado e proporciona adequações às variações geradas, por exemplo, por expansão de capacidade, volume de venda e normas de segurança. Ou seja, em qualquer cenário o layout industrial mantém os nortes da produtividade.