O Conselho da Representação Regional Norte Fluminense da FIRJAN realizou, nesta quarta-feira (13.01), no SENAI de Macaé, uma reunião com a presença do diretor superintendente da Autopista Fluminense, concessionária que administra a BR 101, Odílio Ferreira. Na ocasião, foi debatido o projeto de duplicação da rodovia.

 

Empresários da região, representantes das prefeituras e vereadores dos municípios cortados pela rodovia estiveram presentes, além do subsecretário de transportes do estado, Delmo Pinho. Para o presidente da Comissão Municipal de Empresários da FIRJAN em Macaé, Marcelo Reid, o custo em logística na região vem crescendo a cada ano, o que impacta diretamente a competitividade da indústria local.

 

O superintendente da Autopista apresentou dados sobre o andamento das obras. Segundo Odílio Ferreira, a concessionária já entregou 43 quilômetros de pistas duplicadas, sendo 36 na região entre Campos dos Goytacazes e Macaé (km 102 ao km 118, do km 123 ao km 143) e outros sete quilômetros na região de Casimiro de Abreu (km 190 ao km 197).

 

Na região de Campos, entre o km 84 e o km 101, a concessionária realiza obras de duplicação com correção de traçado que têm previsão de liberação para o final do primeiro semestre de 2016. Na região entre Rio das Ostras e Rio Bonito, entre o km 197 e o km 248, também existem frentes de trabalho e as obras de duplicação devem estar concluídas até no final do primeiro semestre de 2016, exceto no trecho urbano de Casimiro de Abreu (km 206), onde será construído um elevado. Os dados da Autopista revelam que, desde o início das obras de duplicação, o índice de acidentes caiu 13% e o número de vítimas fatais foi reduzido em  27%.

 

Os empresários, no entanto, questionaram o atraso das obras em alguns trechos, principalmente no que liga Macaé a Casimiro de Abreu, cuja duplicação deveria ser finalizada nesse ano. Segundo a concessionária, existe um problema ambiental neste trecho devido à Reserva União, área de mata atlântica que fica no entorno da rodovia. Odílio Ferreira informou que o primeiro projeto de duplicação apresentado pela concessionária foi recusado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade ( ICMbio), o que causou o atraso. Um novo projeto já foi elaborado e está em fase de apreciação pelo Instituto.

 

O subsecretário de transportes do estado, Delmo Pinho, sugeriu aos empresários que se reúnam com os órgãos responsáveis por emitirem licenças ambientais, para tentar agilizar o processo.    

 

Durante a reunião, a Autopista também disse ter manifestado interesse junto aos órgãos competentes em operar a estrada que dá acesso ao Porto do Açu, um dos principais eixos de desenvolvimento da região.

 

Para o presidente da Representação Regional da FIRJAN, Fernando Aguiar, esta prestação de contas é necessária. “Esta foi uma ótima oportunidade para que concessionária pudesse esclarecer o motivo de alguns atrasos no cronograma e para que sociedade pudesse se inteirar de uma obra que é essencial para o desenvolvimento de nossa região”.

 

Concessão

 

A Autopista Fluminense é a empresa responsável, desde 2008, pelos 320 quilômetros da rodovia BR 101/RJ, no trecho que atravessa o estado do Rio de Janeiro de Niterói à divisa com o Espírito Santo. A concessão para administrar e conservar a BR 101 por 25 anos foi obtida em leilão realizado em 9 de outubro de 2007, no qual a proposta foi a vencedora entre as 13 apresentadas.

 

A BR-101/RJ liga as cidades de Campos dos Goytacazes, Conceição de Macabu, Quissamã, Carapebus, Macaé, Rio das Ostras, Casimiro de Abreu, Silva Jardim, Rio Bonito, Tanguá, Itaboraí, São Gonçalo e Niterói.