Acordo facilita aproximação entre empresas brasileiras e rede de laboratórios americanos

Diálogos da MEI


Parceria foi firmada durante a 8ª edição dos Diálogos da MEI, em Campinas (SP)

Indústrias e centros de pesquisas brasileiros voltados à inovação terão, a partir de agora, acesso facilitado a infraestrutura e tecnologias desenvolvidas nos laboratórios nacionais vinculados ao Departamento de Energia dos Estados Unidos. A novidade é resultado de uma negociação de 15 entidades dos dois países (veja abaixo) que integram um acordo assinado, nesta  segunda-feira (7), durante a 8ª edição dos Diálogos da MEI, a

Mobilização Empresarial pela Inovação

, em Campinas (SP).

Um estudo prévio identificou seis áreas prioritárias para parcerias: energia e meio ambiente; química e materiais; transporte e gás; farmacêutica; tecnologia da informação e comunicação; e construção. A

Confederação Nacional da Indústria (CNI)

intermediará os projetos brasileiros com os parceiros americanos. O

Council of Competitiveness (CoC)

é a entidade americana responsável pela aproximação com a rede de laboratórios.  A ideia é tornar viáveis projetos bilaterais de inovação que envolvam setor produtivo e centros de pesquisa para que, ao mesmo tempo, ampliem a vantagem competitiva e capacitem profissionais brasileiros.

Durante a reunião para assinatura do memorando, a diretora de inovação da CNI, Gianna Sagazio, explicou que a aproximação entre parceiros pode se dar no âmbito da própria MEI, por meio de missões técnicas específicas ou por chamadas públicas. Depois disso, as partes fecham a negociação da parceria que pode resultar em  produtos e processos, na formação de profissionais para o desenvolvimento de tecnologias no futuro e também novos negócios.


ÁREAS ESTRATÉGICAS

– O vice-presidente executivo do CoC, Chad Evans, lembrou que já existe um esforço de aproximação entre os dois países nessa área. Para ele, o documento atual é um passo em direção  a essa parceira. ?Agora, o que temos é um plano de ação com todos esses parceiros?, disse. Evans destacou ainda que os sistemas de inovação têm tomado rumos diferentes, saindo unicamente dos laboratórios tradicionais e dando lugar à inovação aberta.

O diretor de Educação e Tecnologia da CNI, Rafael Lucchesi, fez referência às possibilidades abertas pelo acordo. ?São as duas maiores economias das Américas e uma rede de laboratórios com capacidade para construirmos soluções em áreas importantes, como energia, química, petróleo gás?, enumerou. Durante a reunião para a assinatura do acordo, já foram realizadas reuniões de quatro instituições brasileiras com representantes dos laboratórios norte-americanos.


As entidades que participam do acordo:


Brasil:

Confederação Nacional da Indústria (CNI), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Serviço Social da Indústria (SESI), Instituto Euvaldo Lodi (IEL), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) e a Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei).


Estados Unidos:

US Council on Competitiveness (CoC) e seis dos 17 Laboratórios Nacionais vinculados ao Department of Energy (DOE), todos associados ao CoC e engajados no diálogo bilateral – Argonne National Laboratory, Illinois; Lawrence Livermore National Laboratory, California; National Renewable Energy Laboratory, Colorado; Oak Ridge National Laboratory, Tenessee; Pacific Northwest National Laboratory, Washington; Sandia National Laboratories, California e New Mexico.

Por Ismália Afonso, de Campinas (SP)

Foto: Gustavo Tilio

Para a

Agência CNI de Notícias

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