Construção civil: adoção da plataforma BIM garante precisão e produtividade

Maior modernização e agilidade para o setor de construção civil por intermédio da implantação da plataforma BIM (Building Information Modeling – Modelagem de Informações da Construção) nas obras públicas. Esse foi o principal pleito apresentado por Roberto Kauffmann, vice-presidente de Relações Institucionais do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio), e Waldir Santos Júnior, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil e do Mobiliário de Três Rios, Paraíba do Sul, Areal, Comendador Levy Gasparian, Sapucaia e São José do Vale do Rio Preto (Sindicom-TR), durante reunião com o governador do estado Wilson Witzel, realizada na Firjan, em agosto.

A tecnologia BIM é uma plataforma computacional que possibilita a geração de modelos virtuais tridimensionais e precisos, reduzindo riscos de erros e aumentando a produtividade do setor de construção civil. “O BIM já é adotado em muitos países há muito tempo. Ele agiliza e viabiliza a aprovação e contratação de obras”, destaca Kauffmann.

Kauffmann lembra que a tecnologia já é obrigatória em todas as repartições públicas ligadas ao setor no Reino Unido desde 2016. “Temos tentado implantá-la no Brasil. Em parceria com a Firjan, chegamos a montar cursos de introdução ao BIM. Queremos que ele seja adotado no Rio o mais rápido possível”, frisa.

Santos Júnior concorda. “O BIM dá agilidade ao processo, maior segurança e precisão. Com isso, reduz a quantidade de aditivos nas obras”, explica.

Incentivos fiscais

Também presente, Marcelo Kaiuca, presidente do Sindicato das Indústrias de Artefato de Cimento Armado, Ladrilhos Hidráulicos e Produtos de Cimento no Estado do Rio (Induscimento), defendeu a adesão do setor de construção aos incentivos fiscais em vigor nos estados vizinhos de Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo. “Nossa alíquota de ICMS é muito alta. Perdemos muito em competitividade para os outros estados. Precisamos de alíquotas mais competitivas, sobretudo para o saneamento básico, onde há um déficit grande, permitindo o barateamento dos produtos utilizados”, destaca.

Para blocos de concreto, a alíquota no Rio é de 7% e para os produtos da área de saneamento (tubos de concreto, aduelas de concreto, entre outros) é de 20%. O setor pleiteia a “cola” aos incentivos vizinhos com 0% de alíquota.

Witzel e os secretários presentes comprometeram-se a estudar as demandas.
Fonte: Firjan

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