FIEC – Empresários do setor químico do Brasil conhecem futuras instalações da unidade da Fiocruz no Ceará
Publicada em 1º/8/2016 pelo
site FIEC onLine
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O servente Juvenil Ricardo de Lima, de 42 anos, e o auxiliar de limpeza Antônio Freitas de Lima, 50 anos, são moradores de Caucaia e há dois anos deslocam-se para o Eusébio, também município da Região Metropolitana de Fortaleza, onde trabalham nas obras de construção da unidade da Fundação Oswaldo Cruz no Ceará. Eles reconhecem que estão ajudando a erguer um empreendimento que vai proporcionar a saúde e a cura de doenças dos brasileiros. Juvenil e Antonio são dois dos mais 500 trabalhadores e colaboradores que estão construindo o empreendimento, com a nova previsão de inauguração para setembro de 2016.
O vai e vem frenético desses operários diminuiu um pouco com a presença de 14 empresários do setor químico do Brasil que estão no Ceará para o 2º intercâmbio de lideranças setoriais da indústria química do Programa de Desenvolvimento Associativo, com apoio da Federação das Indústrias do Estado do Ceará(FIEC), Confederação Nacional da Indústria(CNI) e do Sebrae. Eles conheceram as obras da Fiocruz do Ceará, na tarde da última quinta-feira, 28/07, como primeira atividade da programação do intercâmbio.
O presidente do Sindquímica Ceará, Marcos Soares, o representante da presidência da Fiocruz Ceará , Luis Fernando Pessoa de Andrade, e o pesquisador em Biotecnologia da Fiocruz, Marcos Lorenzoni, recepcionaram a comitiva ao lado de gestores e assessores da FIEC.
Todos conheceram as futuras instalações do Centro de Formação, Pesquisa e Desenvolvimento da Fundação Oswaldo Cruz, ligado ao Ministério da Saúde, que funcionará em 11 hectares do Polo Industrial e Tecnológico de Saúde do Eusébio, e será umas da âncoras ao lado do Centro de Plataformas Vegetais da Fundação Oswaldo Cruz(Biomanguinhos), que será construído em 30 hectares do terreno ao lado. Tudo às margens da Lagoa da Precabura em um espaço sustentável com área de preservação ambiental.
A Bio-Manguinhos vai produzir vacinas, entre elas, uma para o tratamento da doença de Gaucher a base de proteínas em célula vegetal (de raíz de cenoura), e outra para febre amarela inativada também a partir de vegetais. No entorno, funcionarão outras companhias da área de saúde que estão sendo atraídas pelo Estado por meio de benefícios fiscais.
Os líderes sindicais são de diversas áreas do ramo químico, como por exemplo tintas, materiais de limpeza, cosméticos, e vieram de Minas Gerais, Santa Catarina, Piauí, Bahia, Pernambuco, Pará, Espírito Santo e do Rio Grande do Sul. Eles ficaram admirados com o empreendimento e pensam em negociar a vinda de empresas dos seus Estados para cá.
Após conhecer o espaço, o presidente do Sindicato das Indústrias Químicas e Petroquímicas da Bahia, Roberto Fiamene, afirma que o projeto é incrível e será umas das mais modernas unidades da Fiocruz no Brasil. ” Parabéns ao Governo do Estado que trouxe essa estrutura e à FIEC que interage dando apoio na articulação para chegada de empresas e na qualificação de mão de obra”, elogia.
O presidente do Sindicato das Indústrias Químicas Sul Catarinense, Edilson Zannata, visualiza que o Brasil precisa ampliar suas pesquisas nas áreas imunológicas e de biomedicina para produzir remédios e vacinas para curar a população de doenças tropicais sem se preocupar com a atuação de outros centros de pesquisa pelo mundo. ” Temos que importar menos medicamentos e começar a pesquisá-los e fabricá-los em um parque tecnológico como esse da Fiocruz no Ceará”, opina.
Após a visita, na sede da FIEC, em Fortaleza, os empresários conheceram as vantagens competitivas do Ceará para atrair empresas ao Polo Industrial e Tecnológico de Saúde do Eusébio e conheceram a maquete eletrônica da Unidade, formada por blocos de Pesquisa, Gestão e Ensino, Infraestrutura, além de auditório e anfiteatro. O investimento inicial destinado aos empreendimentos pelo Ministério da Saúde à Fiocruz no Polo Industrial da Saúde é de R$ 180 milhões. As obras dos prédios e dos acessos não foram finalizadas.
Marcos Soares, do Sindquímica Ceará, diz que tem dado todo apoio desde o início da chegada do projeto da unidade da Fiocruz ao Ceará. ” Sugerimos a mudança da grade curricular da escola profissionalizante do Eusébio para atender a mão de obra técnica do empreendimento, a atração de empresas e até mesmo a participação da Fiocruz nas ações do Programa Sistema FIEC de Prevenção ao Uso de Álcool e Drogas por meio do Conselho Temático de Responsabilidade Social (CORES)”, ressalta.