Publicada em 22/03/2016 pela

FIEMT

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Dentre as 35 Normas Regulamentadoras (NRs) existentes, 10 impactam mais a indústria brasileira. E para conhecer mais detalhes sobre elas, cerca de 40 empresários e representantes do setor industrial de Rondonópolis participaram do curso ?Como Lidar com as NRs que mais impactam a indústria??, nesta terça-feira (22/03). A capacitação foi ofertada gratuitamente pela Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt) e Sindicatos Patronais Industriais, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Sebrae, por meio do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA).

Conforme os artigos 154 a 201 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), as NRs orientam as empresas sobre os procedimentos obrigatórios para assegurar a segurança e a saúde dos trabalhadores. O engenheiro civil e consultor da CNI, Aledson Costa, explicou durante a capacitação que a forma como as NRs são impostas podem gerar ?impactos econômicos que nem sempre podem ser absorvidos pelas indústrias, especialmente as de micro e pequeno porte?. Por isso, ele ressaltou a importância de acompanha-las: ?Entre 1978 e 2014 houve 226 alterações nas NRs, destas 56 foram somente entre 2011 e agosto de 2014. Foram muitas mudanças em um período recente?, salientou.

De acordo com o levantamento da CNI, as normas que mais impactam a indústria são: a NR-5 ? Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), NR-6 ? Equipamentos de Proteção Individual (EPI), NR-7 ? Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), NR-9 ? Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), NR-12 ? Máquinas e Equipamentos, NR-15 ? Atividades e Operações Insalubres, NR-16 ? Atividades e Operações Perigosas, NR-18 ? Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, NR-24 ? Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho e a NR-35 ? Trabalho em Altura.

?Essa foi uma ótima oportunidade de atualização. O consultor foi excelente, explicou e esclareceu as dúvidas de uma forma fácil de compreender. E isso foi um diferencial positivo no curso, é ruim quando o professor só fica lendo o material. O Aledson mostrou dominar o assunto e nos deu dicas valiosas. Um exemplo disso, e que surpreendeu todo mundo, foi a Portaria nº702 de maio de 2015 que determina que o empregado que recebe insalubridade só pode fazer hora extra com autorização prévia do Ministério do Trabalho e Emprego. Ninguém sabia disso!?,  destacou a encarregada de recursos humanos de uma indústria mecânica, Camila Saldanha.

Para o empresário e engenheiro civil, Clodoílson Soares, o curso atende uma carência do mercado municipal. ?Temos dificuldade de nos atualizar, principalmente nestas questões. Tanto que, quando postei na minha página do Facebook, vários colegas vieram me perguntar sobre o curso, detalhes de data, tempo de duração e custo. Minha empresa atua com engenharia e laboratório de análise de solo, asfalto e concreto, ou seja, as dúvidas eram muitas. Saio daqui com elas sanadas e com uma diretriz do que devo fazer e implantar?, disse Soares.

A capacitação contou com o apoio do Sindicato Intermunicipal das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico da Região Sul de Mato Grosso (Sindimec-Sul/MT), Sindicato das Indústrias da Construção da Região Sul de Mato Grosso (Sinduscon-Sul/MT) e o Sindicato das Indústrias da Alimentação de Rondonópolis e Região Sul (Siar-Sul/MT). ?Ofertamos um curso de alta qualidade, com um consultor especialista com total domínio de um assunto delicado e complexo, que contribuiu para esclarecer e ajudar os empresários. Não tenho dúvida que os cursos do PDA valorizam as ações dos Sindicatos Patronais e fortalecem as indústrias?, finalizou o diretor do Siar-Sul/MT, Hélio Correa.