Indústria fluminense se reinventa e reduz consumo de água na produção


As recentes chuvas de fevereiro elevaram o nível dos reservatórios que abastecem a Bacia do Rio Paraíba do Sul. De acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA), o reservatório está com 39,9% do volume útil total. Neste mesmo período de 2015, o índice era de 13,34%.


 


Embora mais cheio, o nível está longe do percentual considerado bom (a partir de 50%), e, com a perspectiva de um inverno mais seco, é necessário manter a atenção com o consumo de água.


 


Ao enfrentar a crise hídrica de 2015, com risco de falta de abastecimento, a indústria fluminense percebeu a necessidade de reduzir o consumo de água e investir em fontes variáveis do recurso. Os dados são da pesquisa “Impactos da Escassez de Água 2015”, produzida pela FIRJAN.


 


Entre as ações preventivas mais utilizadas estão o controle de consumo e as campanhas de conscientização. Para Jorge Peron, gerente de Meio Ambiente da Federação, o resultado reforça uma tendência iniciada quando o estado do Rio começou a sentir os impactos da baixa reserva de recursos hídricos.


 


“As indústrias estão buscando outras fontes de fornecimento, como a captação de água de chuva e de poço. São alternativas que têm como benefício tornar a produção industrial mais eficiente”, avalia Peron.


 


A pesquisa indica que, entre as empresas que dependem de recursos hídricos para a produção, as iniciativas para economia de água ocorrem em dobro em comparação com as que não são intensivas no uso. Além da maior necessidade, isso acontece porque essas indústrias têm maior porte e dispõem de mais recursos financeiros, segundo o levantamento.


 


A pesquisa ouviu 517 empresas no estado do Rio, com o objetivo de avaliar o uso da água nos tópicos processo produtivo, fornecimento, medidas preventivas, impacto na produção e cenário futuro.


 

Veja as principais medidas adotadas pelas empresas fluminenses:


 


– Controle do consumo de água – 69,8%


– Campanhas internas de conscientização – 69,3%


– Controle de perdas na rede de distribuição – 37,2%


– Reuso de água – 29,6%


– Manutenção de máquinas e equipamentos – 24,2%


– Uso de poço artesiano – 21,2%


 

Ações na prática


 


Uma das empresas que investiram em meios para otimizar a utilização da água é a Sumatex Produtos Químicos. A companhia construiu um poço artesiano e, há cerca de três meses, implantou um processo para aproveitamento de água pluvial em sua fábrica.


 


Vencedora do Prêmio Ação Ambiental 2015 na categoria Gestão de Recursos Hídricos, a STAM Metalúrgica também desenvolveu iniciativas para economia da água. Com um projeto de reaproveitamento da água de chuva em bacias sanitárias e mictórios na Metalúrgica Bom Jardim, a empresa conseguiu reduzir o consumo em cerca de 47%.


 


“Procuramos artifícios para ter mais segurança no abastecimento, na redução de custos e na preservação de recursos naturais”, explicou Fernando dos Santos, engenheiro Químico e de Meio Ambiente da empresa.


 

Propostas


 


No ano passado, o Sistema FIRJAN fez um alerta sobre o problema de abastecimento de água e apresentou oitos propostas para diminuir os riscos de uma severa crise hídrica atingir o estado do Rio no futuro.


 


A Federação acredita que os esforços empreendidos pelas indústrias devem ser acompanhados por políticas públicas que garantam o abastecimento e fornecimento de água para as empresas e para a população.


 

Acesse o estudo “Diretrizes para o aumento da segurança hídrica da Região Metropolitana do Rio de Janeiro – 2015”

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