Inovação Social e Sustentabilidade são debatidas em workshop
Pontos críticos que afetam a cadeia de valor de 11 setores definidos como prioritários pelo Programa Indústria Criativa do Sistema FIRJAN foram discutidos por empresários durante a Formação Executiva sobre Inovação Social e Sustentabilidade.
Primeiro de uma série de quatro workshops, o encontro integra o “Projeto inovação social: novos caminhos para estratégias de negócios”. Os segmentos industriais contemplados são: móveis, cosméticos, construção civil, panificação, plásticos e metal, gráfico, audiovisual, moda, arquitetura, design e novas mídias e software.
Foram apresentados dados do Mapeamento de Inovações Sociais, elaborado pela Assessoria de Responsabilidade Social da FIRJAN em parceria com a Consultoria Gestão Origami. O estudo mapeou alguns pontos críticos na cadeia produtiva dos setores priorizados e as inovações sociais que possibilitem às empresas uma melhor gestão dos riscos associados à estes pontos, além de promover a integração entre as indústrias clássicas e criativas.
“A inovação social é uma importante ferramenta de gestão para melhor desenvolvimento de processos, produtos e serviços que permitam soluções criativas e, sobretudo, promovam modelos de negócios mais competitivos alinhados a uma nova demanda da sociedade”, avaliou Luiz Césio Caetano, presidente do Conselho Empresarial de Responsabilidade Social da FIRJAN.
Economia circular
Também foi apresentado aos empresários o conceito de economia circular, que tem como base uma nova linha de pensamento sobre o processo produtivo, no qual a linearidade dos processos tradicionais, sejam alteradas por uma lógica circular na produção de bens e serviços, agregando valores aos produtos e aumentando o seu tempo de vida útil.
Cláudio Rocha Bastos, presidente da CBPak, falou sobre o case da sua empresa, que produz embalagens 100% biodegradáveis, usando como matéria prima a mandioca; e Luísa Santiago, representante da Ellen Macarthur Foundation, apresentou a Fundação, que promove conhecimento técnico na área.
Os participantes realizaram uma dinâmica, em grupos divididos por setores, em que puderam analisar os principais fatores críticos de seu mercado, além de identificar oportunidades de negócios. Renata Assad, gerente de QSMS da RJZ Cyrela, dividiu a mesa com outros empresários da construção civil, representando a indústria clássica e a arquitetura, da indústria criativa.
“Conseguimos pensar juntos o que é sustentabilidade, verificando o que é aplicável ou não. Passamos a entender o que realmente é lei e o que pode ser oferecido como um serviço e um diferencial a mais ao cliente. Pensamos em todo o processo de construção de uma ideia”, detalhou Renata.
Próximas etapas
Serão realizados mais três workshops com empresários. Ao final do projeto, em julho, o Sistema FIRJAN recomendará as tecnologias ideais para solucionar os principais pontos críticos que impactam os segmentos industriais participantes e formatará propostas de aplicação em cada cadeia de valor. Também serão indicadas as linhas de fomentos disponíveis para financiar a implantação das tecnologias.
O workshop foi realizado em 8 de março, na sede da Federação.